Quinta-feira, dia 14 de abril, foi o dia dedicado às artes. Para isso, convidámos a ilustradora Danuta Wojciechowska, que já tinha estado na nossa escola há uns anos. Começámos às 09.25h, com uma palestra, tendo a Danuta apresentado as várias facetas do trabalho que tem desenvolvido ao longo dos anos na área da ilustração e edição de livros, produção de calendários, cartazes e programas de espectáculos.

A ilustradora disse-nos que gosta muito de trabalhar com os escritores e, em particular, com Mia Couto (moçambicano) e Ondjaki (angolano), pois o trabalho é feito em conjunto e muitas vezes o texto é alterado pelos autores em função da imagem criada pela ilustradora.

Depois da palestra, seguiu-se um Workshop especialmente dirigido aos alunos das turmas de Artes, que se tinham inscrito. Subordinado ao tema da cor, o workshop deu origem a trabalhos bastante originais assentes na cor e nas formas a partir de simples folhas de cartolina de várias cores.

Idalina Costa, Professora Bibliotecária da ESS

Danuta Wojciechwska na Biblioteca da ESS

Com a mesma leveza e inocência de todas as personagens inseridas nos livros ilustrados por Danuta Wojciechwska, todas as turmas de Artes assistiram a uma palestra dirigida pela própria. Palestra esta que, sendo mais como um diálogo entre Danuta e os alunos, abrangia as mais variadas peripécias associadas à ilustração, principalmente à ilustração infantil, o campo que a ilustradora prefere.

Danuta contou de tudo, desde os primeiros dias da sua carreira até à rica herança histórica, vinda do seu pai, que escapou ao regime nazi e de onde provém o seu difícil apelido.

Os alunos adoraram-na e consideraram a sua palestra esclarecedora, mesmo para quem estuda artes e já decidiu que a ilustração não é o seu caminho.

“Se conhecessem uma pessoa amarela, como seria ela?”

Depois da palestra, Danuta concedeu aos alunos de artes a oportunidade de participarem num workshop único. Primeiramente, organizados em pares, os alunos escolheram uma cor e, com a ajuda da ilustradora, caracterizaram-na. “Pensem… Se conhecessem uma pessoa amarela, como seria ela?” “Alegre ou distraída?” Estas eram algumas das opções e, a partir deste raciocínio, encheram-se dois quadros com sentimentos e adjetivos escritos a giz.

Como segunda tarefa, cada par criaria uma história simples e minimalista, usando apenas um infinito leque de cores e uma tesoura. Alguns resultados foram fascinantes e, através deles, os alunos aprenderam a valorizar a cor e toda a sua influência no estado de espírito de cada um; aprenderam ainda que o caminho mais simples é, muitas vezes, o caminho certo.

Fica um grande agradecimento a Danuta, a ilustradora que dá cor, leveza e inocência a tantos livros, por todos os conhecimentos e experiências que connosco partilhou.

Beatriz Severino, 11º H

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